O discurso oficial de ambas as partes é de que houve consenso para a saída de Adílson Batista do Corinthians. A verdade é que Adílson não pediu demissão. Foi demitido, se não oficialmente, mas praticamente. Nenhum dos lados confirma, mas a pressão da torcida organizada foi determinante para a queda do técnico.
Tudo começou no Sábado pela manhã quando representantes da Gaviões da Fiel foram ao CT do Parque Ecológico cobrar mais empenho dos jogadores. A “visita” com consentimento da diretoria corintiana constrangeu o treinador que recusou-se a falar com os “organizados”.
Nesse Domingo, quando a escalação do Corinthians foi divulgada no placar eletrônico, a torcida deixou claro qual era o motivo do descontentamento. Os nomes de Leandro Castan, Tiago Heleno,zagueiro indicado pelo treinador, Moacir e Souza foram vaiados no Pacaembu. Os torcedores também não perdoaram o que entenderam como falta de ousadia de Adilson,quando no intervalo do jogo, mesmo perdendo por 3×1,voltou para o segundo tempo com apenas uma alteração, e na defesa, Chicão entrou no lugar do capitão Willian.
Depois da derrota consumada, líderes da torcida imediatamente fizeram chegar a diretoria corintiana o recado de que exigiam a “cabeça” de Adílson. O técnico percebeu que não tinha respaldo .Não houve força do comando do Corinthians para que Adílson continuasse.
Adílson Batista não pediria demissão. Sabe que o Corinthians apesar da queda brusca do rendimento,ainda tem boas possibilidades matemáticas de ser campeão brasileiro,embora não esteja jogando futebol pra isso.
O Corinthians passa por um momento de crise. A situação é ainda pior do que a eliminação na Libertadores da América. Na época a torcida organizada pediu a saída de Mano Menezes. A diretoria corintiana acertadamente bancou a permanência de Mano. Dessa vez, no caso de Adílson não teve a mesma convicção.
Adílson Batista deixa o Corinthians com um aproveitamento de menos de 50%. Desde a sua estreia, no clássico contra o Palmeiras, o treinador acumulou sete vitórias, quatro empates e seis derrotas, todos os resultados pelo Campeonato Brasileiro. A sequência negativa é de 5 jogos sem vitórias.
O nome da vez no Parque São Jorge é o de Carlos Alberto Parreira. Na semana em que Mano Menezes foi anunciado como técnico da Seleção, o Corinthians convidou Parreira que na época recusou. Então houve o acerto com Adílson Batista. Parreira será convidado outra vez.
Fonte: Por Dentro do Jogo com Carlos Cereto
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